sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

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quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Terminologia da genética do Betta Splendens

Terminologia da genética do Betta Splendens

Quando criamos bettas, pode ser muito útil saber alguns fundamentos sobre genética. Uma coisa que é realmente importante na genética é entender a terminologia usada. Neste artigo, eu tentarei clarear e cobrir forma simplificada, alguns dos fundamentos que são indispensáveis entender na genética do betta.

DNA: Ácido de Desoxirribonucléico, o material herdado de um organismo.

  Gene: As unidades de herança que transmitem as informações dos pais para a descendência.

Cromossomo: Uma associação de genes enfileirada no núcleo de todas as células eucarióticas que é visível durante meiose e mitose. Um cromossomo consiste de DNA e proteínas. Um organismo sempre tem 2n cromossomos, o que significa que todos os cromossomos são emparelhados.

Genótipo: Esta é a constituição genética de um organismo: os genes.

Fenótipo: As características físicas e fisiológicas de um organismo. Estas são influenciadas pela constituição genética (genes) e pelo meio circundante.

Alelo: Outra palavra para gene. Cada cromossomo tem uma cópia deste alelo, assim um gene-par.

Homozigoto: Este termo indica que um organismo tem dois alelos idênticos em um único lugar em um cromossomo. Isto resulta em um organismo que gera somente uma única característica.

Heterozigoto: Este termo indica que um organismo tem duas cópias diferentes de genes em cada cromossomo.

Gene dominante: Em um heterozigoto, este alelo (gene) é manifestado completamente no fenótipo. Em esquemas genéticos, estes genes são descritos sempre com uma letra maiúscula.

Gene recessivo: Em um heterozigoto, este alelo (gene) é completamente mascarado no fenótipo. Em esquemas genéticos, estes genes são descritos sempre com uma letra minúscula.

Gene intermediário: Isto é quando em um heterozigoto, um alelo (gene) não é mascarado completamente no fenótipo.

Você já pode ver algumas das características do gene.

Bons exemplos disto são os genes para crowntail e doubletail. - peixe com uma só cópia do gene crowntail (ct) (na maioria das vezes) já mostra algumas extensões de raio. - peixe com uma só cópia do gene doubletail (dt) (na maioria das vezes) já mostra uma nadadeira dorsal mais larga e formato mais cheio.

Como indicar as gerações diferentes?

Quando dois pais sem conexão (P) são cruzados, a descendência híbrida deles é chamada de geração F1 (para a primeira geração filial).

Quando a geração F1 é cruzada a descendência dela é chamada de geração F2 (para a segunda geração filial).

Quando a geração F2 é cruzada a descendência dela é chamada de geração F3 (para a terceira geração filial). E assim por diante...

Agora tente visualizar isto usando, por exemplo, o alelo para cor de cabelo em humanos: Cabelo marrom é uma característica dominante. Como é possível que dois pais com cabelos marrons têm uma filha loura? O alelo para “cabelo marrom” é dominante e descrito com “B”. O alelo para “cabelo louro” é recessivo e descrito com "b".

A resposta repousa aqui: Lembre-se que todos o alelos entram em pares e que os pais têm que ser heterozigotos para o alelo “cor de cabelo”.

Isto significa que ambos os pais têm que possuir a característica recessiva para cabelo loiro (“b") além da característica dominante para cabelo marrom (“B"), portanto [ambos serão] “Bb".

A melhor coisa para visualizar isto é pelo uso de um quadro Punnet: Resumo: A descendência dos dois pais que carregam o genótipo heterozigoto "Bb" pode resultar na seguinte descendência: 25% homozigoto para cabelo marrom (“BB"), 50% heterozigoto para cabelo marrom (“Bb") e 25% homozigoto para cabelo loiro (“bb").

Imagem

Inbreeding, linebreeding e outcrossing

Para criar boa qualidade de betta splendens, métodos de procriação diferentes são usados. Inbreeding, linebreeding e outcrossing representam um papel importante na construção de uma linhagem de qualidade do Betta.

Inbreeding: um programa sistemático de criação de animais de relacionamentos próximos. Isto geralmente se refere para acasalamentos entre pai e filha, mãe e filho e irmão e irmã.

Linebreeding: Este termo é usado para descrever um programa de inbreeding menos intenso. Isto geralmente se refere a acasalamentos entre parentes próximos como tio com sobrinha e meio irmão com meia irmã.

Outcrossing: refere-se ao acasalamento de dois [peixes] de linhagens sem conexão.

O que faz o inbreeding no senso genético? Inbreeding aumentará a probabilidade de qualquer determinado gene tenha duas cópias idênticas derivadas de um mesmo antepassado. Tende a fazer todos os genes mais homozigotos.

Lembre-se que cada animal tem duas cópias de um determinado gene (falando tecnicamente, dois alelos em cada lugar no cromossomo) um de cada reprodutor. Infelizmente nós não podemos selecionar somente os genes que desejamos porque os genes vêm como um pacote… A pessoa tem que se lembrar disso na busca por fixar as características desejadas através de inbreeding, pois sempre há a chance de nós, sem intenção, perdermos alguns dos genes desejados (“bons”) e fixarmos alguns genes indesejados (“ruim") que aparecem ao longo do processo. Bons exemplos disto são por exemplo as linhagens inatas de roedores do laboratório.

O processo de inbreeding usado para criar estes tipos de linhagens, na maioria das vezes, matava a maioria das linhagens entre as 8ª e 12ª gerações devido a uma perda de fertilidade (redução no tamanho da ninhada) e viabilidade.

As linhagens que sobrevivem estas 8ª-12ª gerações críticas formam as linhagens inatas de laboratório. Estes animais são homozigotos para uma seleção mais ou menos aleatória de genes derivados do par inicial.

Por que de outcrossing é necessário?

Como descrito acima no exemplo dos roedores de laboratório, em geral podem ser feitos inbreeding até F8 (8ª geração). Maiores [quantidades de inbreeding] a taxa de sucesso de procriação é realmente baixa nesta fase.

Quando nós extrapolamos este exemplo para o betta splendens, inbreeding intenso podem resultar em peixe que mostra várias características indesejadas tais como: corpos menores, diminuição de viabilidade, diminuição de agressividade, diminuição de fertilidade, não construção de ninhos, peixe que não são capazes de se enroscar ao redor da fêmea, etc. Isto [indica] porque é aconselhável usar uma abertura [genética] no acasalamento (parceiros sem relacionamento genético, sangue fresco) de vez em quando para manter as linhas saudáveis e viáveis.

Quando o criador vai escolher o candidato para a abertura [da linhagem] genética, sempre precisa decidir qual candidato possui as características desejadas que podem melhorar a linha inata estabelecida. Certamente há também um risco em abrir a linhagem porque um criador pode perder o tipo de betta no qual ele estava trabalhado por muito tempo.

Criadores decidem freqüentemente cruzar a descendência híbrida [resultante] de um cruzamento aberto com os da linhagem original deles [híbrido descendente x peixe da linhagem original – inbreeding?]. Isto para somar o novo ou melhorar as características que foram trazidas devido ao uso da abertura da linhagem [outcross], mas também para eliminar as possíveis características ruins introduzidas por ela [a abertura da linhagem].

Referências/Créditos:

1. Campbell, N.A., “Biology”, Fourth edition, The Benjamin/Cummings Publishing Company, Inc., ISBN 0-8053-1940-9
2. Zakwoordenboek der Geneeskunde, 25ste geheel herziene druk, Elsevier/koninklijke PBNA, ISBN 90-6228-255-5 3. Betta Bunnies genetic page

Betta Territory (http://vanriel.myadsl.nl)

Texto retirado do site do criador Agostinho Monteiro.
http://www.agostinhomonteiro.com.br

Genética do Betta Splendens

Genética do Betta Splendens

Está aqui minha tentativa em dar algumas respostas sobre a genética do betta. As seguintes informações foram obtidas através de observações em meu próprio estoque de peixes, da pesquisa feita em outros sites da rede e lendo publicações do IBC (Congresso Internacional do Betta). Você encontrará no final deste trabalho, uma lista de todos os símbolos conhecidos usados na genética do betta, mostrando os que são dominante, recessivo ou co-dominante.

Uma coisa que é importante na genética é a terminologia ou as palavras que são usadas. Eu tentarei simplificar ao máximo para facilitar a compreensão dos conceitos sobre genética. Vamos começar com os princípios.

Genótipo: esta é a constituição de um indivíduo. Esta é a parte que você não pode ver mas pode ser transmitida. Sempre você quis saber porque sua irmã teve o cabelo louro enquanto todos os membros restantes de sua família tiveram o cabelo marrom? Bem, lá vai. Seus pais não sabiam, mas transmitiram.

Fenótipo: este é o que você pode ver, a descrição física.

Alelo (ou gene): cada cromossomo (um do pai e outro da mãe) contribui com um alelo para formar o código para o cabelo marrom, por exemplo (dois alelos emparelhados). O cromossomo resultante tem estes alelos no mesmo lugar exato dos cromossomos que lhe deram origem.

N.T.: Imaginemos o cromossomo como uma fita métrica, onde em cada centímetro se tenha um gene. No primeiro centímetro teremos um gene que determinará, por exemplo, o feitio da cauda do betta. No segundo teremos um gene que determinará o tamanho da cauda, no terceiro teremos um que determinará a cor da cauda, ....., no último centímetro teremos, por exemplo, um gene que determinará o formato do corpo do betta.

O macho contribuirá com um espermatozóide (uma fita métrica - cromossomo) e a fêmea contribuirá com um óvulo (outra fita métrica - cromossomo).

Quando as duas fitas métricas se juntam (formando o ovo), os respectivos centímetros se emparelham formando os pares de alelos (genes). Ao casamento dessas fitas, contendo a história resultante dos pares formados é que chamamos de genótipo. Observe que o primeiro gene da fita fornecida pelo macho emparelha seu primeiro gene com o primeiro gene da fita fornecida pela fêmea e assim sucessivamente. Não há possibilidade de genes em posições diferentes se combinarem!

Ou seja, um gene fornecido pelo macho que vai disputar o formato de cauda (m nosso exemplo hipotético, na primeira posição) se combinar com um gene fornecido pela fêmea e que vai disputar o feitio do corpo do filhote resultante (última posição), é impossível!!! E mais: haverá uma “briga” entre os alelos situados em posições idênticas dentro de cada cromossomo para ver qual deles se sobreporá ao outro (dominância) a fim de determinar a característica (ou traço) que se manifestará no filhote resultante (ou seja, o fenótipo)!

Homozigoto: este é um termo usado para indicar que uma planta ou um animal têm dois alelos idênticos dentro de uma mesma posição no cromossomo. Isto resulta em um animal que somente pode transmitir a seus descendentes um único traço (característica física) correspondente àquele gene. Um exemplo seria que se seus pais tiverem o cabelo marrom, você tiver o cabelo marrom, todos seus avós tiverem o cabelo marrom, possivelmente você é homozigoto, no que diz respeito ao cabelo marrom (que é tudo o que você pode transmitir). Nenhum filho com cabelo alourado poderá ser oriundo de você, mesmo que seu par seja de cabelo claro, já que o gene para cabelo escuro é dominante sobre aquele para cabelo claro (recessivo).

Heterozigoto: o termo é usado para indicar algo que não é homozigoto. A razão porque você tem uma irmã loura é que seus pais são heterozigotos para o cabelo louro, isto é, poderão gerar cromossomos com gene que define esta característica (cor do cabelo) com as seguintes possibilidades: cabelo preto/cabelo preto, cabelo preto /cabelo claro, cabelo claro/cabelo preto e cabelo claro/cabelo claro [contribuição do pai/contribuição da mãe] e, no caso de sua irmã, aconteceu que o cromossomo do ovo fecundado do qual ela foi gerada reuniu, naquela posição que define a cor do cabelo, genes que caracterizaram a condição cabelo claro/cabelo claro (única condição que gera cabelo claro). No caso de você ter o cabelo preto, você poderá ter seu gene com quaisquer uma das outras combinações de alelos (preto/preto, preto/claro ou claro/preto – três genótipos diferentes gerando um mesmo fenótipo “cabelo preto“).

Em genética, ao invés da frase "o cabelo marrom combinado com cabelo marrom resulta em cabelo marrom ", os cientistas planejaram uma maneira abreviada de escrever a mesma coisa: substituiremos as palavras "cabelo marrom" por uma letra "B" (do inglês “brown” ), as palavras "combinado com" por um "x" e " resulta em" por um "=".

Assim a frase acima ficará: B x B = B. Não fica mais fácil e mais rápido?

Agora, para dificultar um pouco, há esta estória de gene dominante e recessivo.

A melhor maneira para se explicar isto é como uma pessoa de personalidade forte (dominante) impõe sua maneira de ver determinada coisa a outra pessoa mais submissa (recessivo), às vezes, não deixando esta última se manifestar de jeito nenhum. É o que acontece muitas vezes quando o irmão mais velho impõe suas vontades sobre um mais novo, mais acanhado.

Para mostrar que determinado gene (traço) é dominante, nós usamos uma letra maiúscula.

Um gene (traço ou característica) recessivo é simbolizado pela letra minúscula. Vamos dizer que você tem o cabelo marrom, que é um gene dominante. Assim seu símbolo seria "B" (do inglês “brown”, marrom). Seus pais têm o cabelo marrom, assim ambos possuem em seus pares de genes pelo menos um "B" também. Como sua irmã é loura (e cabelo louro é um gene recessivo “b”), os genes de seus pais serão “Bb” e o de sua irmã “bb”.

Assim, somente um "B" presente no par de alelos é necessário para expressar a dominância, enquanto que, para que o traço recessivo se manifeste, ambos os genes presentes devem ser recessivos.

Desta forma, a equação que melhor expressa a situação anterior se pareceria mais com esta: Bb x Bb = B_ (você) e bb (sua irmã), onde o traço ao lado do B indica que qualquer que seja a letra (B ou b) que esteja com ele resultará no mesmo fenótipo (ou aparência, no caso, cabelo marrom).

Acredito que a maioria de vocês ouviram falar de um quadrado Punnett.

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Você pode ver que o pai fornece um gene de seu cromossomo (linha superior) para cada cromossomo (o conteúdo de cada célula do quadrado Punnett), um "B" e um "b".

A mãe faz a mesma coisa com os genes de seu cromossomo (a coluna à esquerda).

No cruzamento das linhas e colunas do quadrado, teremos em cada célula os quatro cromossomos possíveis de acontecerem (quatro genótipos). O "BB" é cabelo marrom e desde que ambos os genes são um "B“, significa que o indivíduo é homozigoto para o cabelo marrom e assim pode somente produzir uma prole de cabelo marrom.

O "bb" é homozigoto para o cabelo louro e só pode produzir cabelo louro.

Os outros dois são "Bb" ( Bb=bB, gerando o mesmo genótipo e fenótipo). Estes indivíduos têm cabelos marrons, mas carregam o gene para cabelo louro e assim, são heterozigotos.

Como o fenótipo dos indivíduos que possuem os genótipos BB e Bb são o mesmos, nós podemos usar o símbolo "_" para significar todos os indivíduos de cabelo marrom como "B_" ao invés de escrever todos os genótipos para esse mesmo fenótipo. Assim: B_= BB, Bb e Bb.

Se você compreendeu o que foi dito até agora, então tudo daqui para frente será fácil.

Cambodia

O mais fácil dos traços de se descrever é o gene cambodia.

Este é o gene que faz com que um peixe tenha as nadadeiras coloridas (ou incolores) e a ter a cor do corpo extremamente reduzida. O traço (ou característica) cambodia é um traço recessivo. Isto significa que requer que ambos os pais tenham este gene para permitir os peixes cambodia. Característica = cambodia.

Símbolo = "C". Como o gene cambodia é recessivo, significa que a letra utilizada será minúscula ( “c” ) para representar que esta caraterística é presente. O "C" vai significar os peixes coloridos sólidos dominantes. Vamos supor que temos dois peixes heterozigotos “Cc” (portanto, com fenótipos coloridos sólidos ou não cambodianos).

O quadrado Punett seria:

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Conforme mostrado, teremos:

* CC – homozigoto sólido (fenótipo não cambodia)
* Cc/cC – heterozigoto sólido (fenótipo não cambodia)
* cc – homozigoto cambodia (fenótipo cambodia)

Conforme se pode observar 3/4 ou 75% da prole terá a probabilidade de ser colorido e 1/4 ou 25%, é cambodia.

Cauda Dupla

Uma coisa agradável na genética é que, uma vez que os princípios são compreendidos, o restante é só repetição. A característica “cauda dupla” é muito similar àquela do traço cambodia no fato de que é também um traço recessivo.

Um peixe necessita que ambos os genes sejam recessivos para que a cauda dupla se manifeste e basta que somente um gene seja dominante para que se tenha um peixe cauda simples (característica dominante).

A característica = cauda dupla.

Símbolo = “DT” (do inglês double tail) para cauda simples e “dt” para a cauda dupla. Eu tenho um macho da cauda simples que penso carregar o gene cauda dupla. Seu genótipo seria então “DT_”. DT significa que ele é dominante por ser cauda simples (seu fenotipo). O “_” significa que eu, na realidade, não sei o qual é o outro gene que se emparelha com o “DT”. Desde que eu não estou certo se o “_” é “dt” ou DT, eu usei "?" ao invés de “_” no quadro Punnett para significar que eu não tenho certeza quanto ao outro gene. Eu cruzei este macho com uma fêmea cauda dupla (genótipo “dtdt”).

Quadrado Punnett:

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Observou-se que todos os peixes resultantes deste cruzamento tinham cauda simples. Portanto, desde que não há nenhum " dtdt " (já que não existem peixes com cauda dupla), esse macho cauda simples é homozigoto “DTDT”. Este tipo particular de cruzamento é chamado uma " cruzamento de teste". Com isso você consegue mapear determinado gene de um peixe sobre o qual haja um interesse em saber determinada característica. Todos os bebês deste cruzamento de teste carregam o gene cauda dupla, devido a ter uma mãe cauda dupla.

Se você cruzar esta geração F1, isto é o que você poderia conseguir.

Quadrado Punnett:

Imagem

Esta segunda geração, ou o F2, produzirão as caudas duplas e caudas simples. Dos quatro quadrados, 2 são "DTdt", 1 é "dtdt " e 1 é " DTDT". Portanto, 3/4 ou 75% da ninhada será cauda simples e 1/4 ou 25% terá cauda dupla.

Amarelo

Este traço é recessivo. Mas, ao invés de se usar "Y" (de yellow, em inglês) para o vermelho e "y" para o amarelo, utiliza-se o termo "NR" (de non red, em inglês). Assim um peixe vermelho é " NR " que é dominante sobre o "nr", que é um peixe amarelo. Muitos criadores acreditam que há uma segunda característica, um "NR2", que determina um suposto gene para a cor laranja, mas os geneticistas são ainda cautelosos e, portanto, este ponto não será discutido neste trabalho. A característica = amarelo Símbolo = “NR” é dominante (vermelho) e “nr” é recessivo (amarelo)

Cruzando-se um macho amarelo com uma fêmea vermelha, teremos o quadrado Punnett:

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Vamos supor que este cruzamento só tenha filhotes vermelhos. Por esta observação pode-se depreender que a fêmea vermelha é um peixe homozigoto, ou " NRNR ". Eu cruzei esta geração F1 para começar a geração F2 , NRnr X NRnr. E aqui está o que aconteceu:

Quadrado Punnett:

Imagem

Portanto, 3/4 ou 75% da ninhada são vermelhos e 1/4 ou 25% são amarelos (que, obrigatoriamente, são homozigotos). Dos peixes vermelhos, 1/3 são homozigotos (NRNR) e o restante será heterozigoto (NRnr) para ambas as cores.

Preto

Para a facilidade de explanação, vou me referir a todo peixe que for preto como um preto e não como um melano (vem de melanina, pigmentação preta). A coisa do “melano” não é mencionada aqui, exceto para indicar que a letra " M " será usada como símbolo para pretos. Um peixe preto é como você vê, um peixe preto. A característica preta da cor age da mesma maneira que o descrito anteriormente, já que é um gene recessivo e necessita assim dos dois genes para se manifestar . Você cruza um par de peixes que carregam o gene preto, e você terá uma ninhada que apresentará peixes pretos. Foi dessa maneira que consegui bettas pretos. Dois azuis aço cruzados deram pretos que recebi com grande surpresa. A característica = preto Símbolo = “M” é dominante e “m” é recessivo.

O cruzamento foi com um casal que tinha o aço como sua cor irridescente, ambos carregando o gene preto (MmxMm).

N.T.: Mais à frente será mostrado que a irridescência (presença ou ausência) no peixe é um outro gene que controla esta característica. No presente exemplo o azul aço é tratado do ponto de vista da cor preta. A discussão do azul aço será feita mais adiante.

Quadrado Punnett:

Imagem

Aqui, 25% da ninhada é preto homozigoto recessivo (mm). O outro três quartos, ou 75%, têm a cor azul aço irridescente (que no quadrado Punnett é a “outra cor”). Dos demais azuis aço, 1/3 é homozigoto dominante e só produziriam azul aço (MM), sem chance de gerar nenhum preto. O resto dos azuis aço é heterozigoto (Mm) e podem gerar, tanto bettas azuis aço quanto pretos.

Verde, Azul & Azul Aço

Quando você começa a pensar que já estava entendendo algo, surge um novo complicador.

Este caso é completamente diferente daqueles até agora tratados, já que não existe nenhuma característica verdadeiramente recessiva. São todas dominantes, portanto "compartilham" ou são "co-dominantes ". Isto significa que cada cor age em cima da outra igualmente para produzir sua própria cor. Nesses casos, pode-se conseguir uma ninhada que seja toda de uma única cor (todos os filhotes verdes ou todos azuis ou todos azuis aço), ou pode-se ter duas cores (filhotes verdes e filhotes azuis ou verdes e azuis aço ou azuis e azuis aço) ou todas as três cores em uma mesma ninhada (filhotes verdes e filhotes azuis e filhotes azuis aço).

Como isso pode ocorrer? Vejamos...

A dificuldade já começa pelo nome do símbolo para a cor verde. É “Bl” (de blue, azul em inglês) e não “Gr”, por exemplo (de green, em inglês).

Continuando a dificuldade, teremos:

* BlBl - verde
* Blbl - azul
* blbl - azul aço

Pode-se notar que o “Bl” e o “bl” têm o mesmo peso na cor dos peixes. Se o " Bl " fosse dominante, então "Blbl" seria também um peixe verde e não azul.

Assim, os cruzamentos são de tal forma que azul aço (blbl) com azul aço (blbl) dá 100% azul aço (blbl). Isto é porque os únicos alelos que cada reprodutor carregam são "bl" e assim só podem emparelhar "bl" com “bl”.

Para a característica verde a mesma coisa. Você cruza um verde (BlBl) com um verde (BlBl) E se obterá 100% verde (BlBl). A cor azul é completamente diferente porque o azul tem ambos os alelos presentes, resultando nas três cores (azul, verde e azul aço). As porcentagens de cada cor variam. Você não conseguirá os mesmos números de verdes, azuis e azuis aço.

Quadrado Punnett:

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Aqui você vê que 50%, são azuis e 25% de verde e 25% de azul aço. A genética não é maravilhosa?

Quadrado Punnett:

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Agora, para tornar as coisas mais interessantes, se você cruzar um verde com um azul, você obterá 50% verde e azul de 50%. Se você cruzar um azul com um azul aço, você obterá 50% azul e 50% azul aço. Por último, se você cruzar um verde com um azul aço, o que você obterá?

Nenhum dos filhotes herdará a cor dos pais. Assim, se você quiser verdes e azuis aço, não cruze bettas com estas cores.

Cruzamento Dihybrido (ou com duas características)

O que discutimos até o presente momento são acasalamentos que envolvem uma única característica. Cauda dupla, amarelo, preto, cambodia e mesmo as cores irridescentes.

Ao se tratar somente uma característica, você está se envolvendo com cruzas monohíbridas. Mono significa um ou único.

Agora nós vamos trabalhar com as cruzas dihíbridas, significando manipular com duas características simultaneamente.

Tratarei somente de dois tipos de cruzamentos dihíbridos. As coisas podem começar realmente a complicar com trihíbridos, três características de uma única vez ou cruzamentos polihíbridos (mais de três de cada vez). Vamos deixar estas tarefas para os peritos.

O primeiro acasalamento dihíbrido que faremos envolve um macho vermelho sólido com uma fêmea cambodia amarela. Os símbolos usados são "NR", "nr", “C" e "c". O genótipo do macho vermelho será CCNRNR.

O genótiopo da fêmea cambodia amarela será ccnrnr . Como todos os alelos que o macho possui são alelos dominantes e todos os alelos aa fêmea são recessivos, podemos dizer que toda a prole produzida será vermelha sólida já que todos possuirão o genótipo CcNRnr.

Agora vamos cruzar a geração F1 resultante (CcNRnr X CcNRnr).

Quadrado Punnett:

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Em vez de um quadrado Punnett com quatro combinações, temos agora um com dezesseis combinações. Por que? Observe a explicação abaixo:

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Cada reprodutor tem agora quatro genes, dois para cada característica (corpo vermelho e nadadeiras vermelhas/ cambodia com nadadeiras amarelas), possibilitando 16 combinações genotípicas possíveis.

Aqui estão os genótipos e os respectivos fenótipos:

* CCNRNR – corpo e nadadeiras vermelhas
* CCNRnr ( = CCnrNR) – corpo e nadadeiras vermelhas
* CCnrnr – corpo vermelho e nadadeiras amarelas
* CcNRNR ( = cCNRNR) – corpo e nadadeiras vermelhas
* CcNRnr ( = CcnrNR,cCNRnr,cCnrNR) – corpo e nadadeiras vermelhas
* Ccnrnr ( = cCnrnr) – corpo vermelho e nadadeiras amarelas
* ccNRNR – corpo cambodia e nadadeiras vermelhas
* ccNRnr = ( ccnrNR) – corpo cambodia e nadadeiras vermelhas
* ccnrnr – corpo cambodia e nadadeiras amarelas

Dos 16 genótipos acima teremos 4 fenótipos:

* corpo vermelho e nadadeiras vermelhas ( 56% )
* corpo vermelho e nadadeiras amarelas ( 16% )
* cambodia com nadadeiras vermelhas ( 16% ) e
* cambodia com nadadeiras amarelas ( 6%).

Para se determinar qual peixe vermelho carrega o gene amarelo, ter-se á que cruzá-lo com um amarelo para que o gene amarelo possa se manifestar, já que não se pode identificá-lo pelo fenótipo. Uma última combinação, provavelmente um das mais procuradas é o cruzamento de um betta preto com irridescência azul aço com uma fêmea azul aço que que carrega o gene preto.

O macho preto com irridescência azul aço tem o genótipo blblmm e só pode doar "blm" para os alelos resultantes. A fêmea é uma azul aço carregando o gene preto e seu genótipo seria “blblMm”. Portanto pode fornecer "blM" e "blm".

Quadrado Punnett:

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Este cruzamento produziu 50% preto e 50% azul aço. Eu espero que você aprecie este trabalho sobre a genética do betta.

Eu tentei incluir as idéias básicas e diversos exemplos do que pode acontecer quando cruzamos bettas.

Alguns símbolos comuns utilizados na descrição dos genótipos dos bettas e suas interpretações:

* dt = cauda dupla, recessivo
* p = raios protuberantes das caudas (combtail), recessivo
* b = brilhante (ou blonde), dominante
* op = opaco, parcialmente dominante
* c = cambodia, recessivo
* m = melano (preto), recessivo
* er = vermelho estendido, parcialmente dominante
* vf = butterfly (duas cores nas nadadeiras), recessivo
* nr = não vermelho (amarelo), recessivo
* bl = azul, verde ou aço, parcialmente dominante
* si = irridescência espalhada, dominante
* mb = mármore, recessivo

Texto do site http://www.geocities.com/dynarb.
Foram incluídos comentários do tradutor.

Texto retirado do site do criador Agostinho Monteiro.
http://www.agostinhomonteiro.com.br

Entendendo a genética dos Bettas metálicos

Entendendo a genética dos Bettas metálicos

Cobre e cores metálicas ficaram imensamente populares em nosso hobby e realmente ficaram concorridas no mundo dos bettas. Mas ainda há muitas perguntas a serem respondidas considerando estas "novas" cores. Neste artigo eu tentarei dar um pouco mais de informação sobre estas cores cobrindo como e onde eles as criaram, o que causa esta cor metálica e como esta cor é herdada.

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O fenômeno metálico foi apresentado em nosso hobby através do cruzamento do betta splendens com os tipos selvagens dos gêneros dos bettas imbellis, smaragdina e mahachai [1,2]. Os bettas imbellis, smaragdina e mahachai têm um grau mais alto de iridescência naturalmente nas escamas que provavelmente são uma adaptação à água mais escura nos seus hábitat naturais [3]. Porque estes tipos selvagens podem ser tão facilmente cruzados entre si, muitas pessoas sugeriram que estes peixes sejam, na verdade, variedades geográficas de uma [mesma] espécie. Algo que estaria comparável, por exemplo, às diferenças entre as pessoas da Europa e da Ásia, diferentes traços, mas ainda [pertencendo a] uma mesma espécie.

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Mas era o princípio de cruzamento entre tipos selvagens [de espécies diferentes] algo novo em nosso hobby? A resposta a esta pergunta é não. Estes cruzamentos já são uma prática fixada durante muito, muito tempo na Ásia. Por gerações os tailandeses têm tentado melhorar seus bettas, principalmente criar linhagens de [bettas] combatentes mais completas. Mas a prova que estes cruzamentos também eram conhecidas fora da comunidade de apreciadores de combate pode ser achada em vários livros famosos sobre bettas. Por exemplo, o livro de Walt Maurus (1981) [7] e o de Hans Gonella e Rajiv Massilamoni (1997) [8] mostram uma figura de um betta híbrido splendens x imbellis com nadadeiras longas.

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Copper imbellis [9]

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Isto nos traz logicamente para a próxima pergunta: como estes híbridos não são novos em nosso passatempo, por que se levou tanto tempo para desenvolver o cobre e os bettas metálicos como nós os conhecemos hoje? Não é fácil de responder esta pergunta, mas provavelmente, nos primórdios, a comunidade dos bettas não estava interessada realmente ou pronta para criar estas variedades e eles não reconheceram o seu potencial. Por volta de 2002-2003, os criadores asiáticos ofereceram o primeiro tipo [híbrido] imbellis cobre no aquabid. Estes peixes foram criados seletivamente e [a partir deles] se iniciou a febre mundial do cobre e [das cores metálicas] conforme nós a conhecemos hoje.

Através de cruzamento desse peixe com as linhagens de nadadeiras longas não levou muito tempo para que os primeiros imbellis delta [cor] de cobre surgissem no cenário dos bettas. Cruzando estes peixes [com bettas HM] iridescentes (turquesa, azul aço e azul real) produziu-se os primeiros azuis metálicos [10]. A descendência destes tipos de cruzamentos ainda continha muito vermelho desbotado. Seleção contínua tanto para cor quanto para as nadadeiras finalmente conduziu aos HM metálicos sem vermelho. Cruzando os fenótipos [cor de] cobre com os turquesas iridescentes puros, peixes azuis aço e azuis real somou-se outra característica nova em nosso passatempo: a característica de máscara.

Bettas iridescentes normais são caracterizados por suas cabeças pretas típicas. O cruzamento com bettas [cor de] cobre levou a um aumento da cor esparramada sobre a face e área de cabeça do peixe. Até agora é conhecido que o metálico e característica de máscara são causadas por genes diferentes e podem funcionar independentemente.

Através de criação seletiva, é possível criar turquesa iridescente, azul aço e azul real com características de máscara, mas também criar [bettas] metálicos com cabeças negras sólidas. Aqui precisa ser dito que é muito difícil conseguir livrar-se completamente da característica de máscara. Freqüentemente podem ser observados mascaras parciais e lábios coloridos por muitas gerações.

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O que causa este brilho metálico a nivel estrutural?

A maioria daqueles que lidam com os bettas já está familiarizada com as três cores iridescentes: azul real, turquesa e azul aço. Estas cores são o resultado da reflexão da luz através dos finos elementos cristalinos (incolores) que estão presentes na superfície das células chamadas iridóforos [11,12]. Tais cores são chamadas freqüentemente de cores estruturais, para distingui-las das cores produziram através de pigmento (tais como o vermelho e o preto). Recentemente Dr. Rosalyn Upson descobriu que os bettas imbellis da mesma forma que os bettas metálicos e os cobres também continham iridóforos que refletiam uma parte completamente diferente do espectro visível (com comprimentos de onda [de luz] entre o amarelo e o amarelo-esverdeado) e então pode ser classificado como um "novo" iridóforo de cor amarelo [12].

Como esta característica metálica é herdada?

Para estudarmos [esta característica] vamos introduzir os símbolos “+” e “nm” [13]. O símbolo “+” descrever a presença de uma cópia do gene metálico expandido (alelo) e “nm” (não-metálico) descreve uma cópia do mesmo gene que não produz a expansão metálica. Lembrando que um peixe sempre tem um par de genes, um peixe pode ser:

1. Homozigoto não-metálico (nm nm): Duas cópias do gene não metálico.
2. Heterozigoto metálico (+ nm): Uma cópia do gene metálico e uma cópia do gene não-metálico.
3. Homozigoto metálico (+ +): Duas cópias do gene metálico.

O fato de que os tipos selvagens apresentam o alelo de expansão (+) [isto é, sua iridescência é extremamente brilhante quando comparada com a do betta domesticado] indica que o alelo não-metálico (nm) deve ter evoluído do gene (+) do tipo selvagem durante os séculos de domesticação por procriação seletiva. Dr. Leo Buss concluiu que o gene metálico se comporta como um simples dominante [do tipo] mendeliano. Isto significa que somente uma única uma cópia do gene é necessária para produzir um fenótipo metálico. Mas aqui temos que nos lembrar que nem sempre é fácil perceber o fenótipo metálico a olho nu (fenótipo macroscópico), nestes casos um microscópio (fenótipo microscópico) é necessário para prover informação adicional. Abaixo você pode encontrar vários exemplos de quadros Punnet [para mostrar] como a característica metálica é herdada combinando a relativamente nova genética do metálico com a genética mais familiar dos azuis.

Genética do metálico baseada no azul turquesa

* Um betta turquesa [comum] é representado por: BlBl nmnm
* Um betta turquesa portador [do gene] metálico é representado por: BlBl +nm.
* Um betta turquesa metálico (metálico verde) é representado por: BlBl ++

Genética do metálico baseada no azul aço

* Um betta azul aço [comum] é representado por: blblnmnm.
* Um betta azul aço portador [do gene] metálico é representado por: blbl+nm.
* Um betta azul aço metálico (cobre) é representado por: blbl ++


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Genética do metálico baseada no azul real

* Um betta azul real [comum] é representado por: Blblmnm.
* Um betta azul real portador metálico é representado por: Blbl+nm.
* Um betta azul real metálico (“teal” em inglês) é representado por: Blbl ++

Notas:

1. os bettas metálicos heterozigotos se apresentam (fenótipo) como bettas azuis comuns (sejam eles turquesas, aços ou reais), porém, são portadores do gene metálico (+).
2. Não consegui saber que cor em português traduz “teal”, em inglês (Blbl++). Portanto, mantive a nomenclatura “azul real metálico homozigoto”.

Quadros Punnet referentes ao cruzamento de um betta azul real metálico homozigoto (Blbl++)

com um betta azul real portador do gene metálico (Blbl+nm)

Explicação adicional do tradutor Pode-se agrupar os pares de genes do betta azul portador do gene metálico de duas maneiras: Bl+ e blnm ou Blnm e bl+

Observações:

1. Como temos oito possibilidades de combinações de pares de genes, cada combinação terá o peso de 12,5% (100/8).
2. A genética atribuída nos quadros acima aos símbolos de macho e fêmea é somente para compor a figura. É claro que se a mesma genética for atribuída inversamente (fêmea e macho), o resultado será o mesmo.

Quadros Punnet referentes ao cruzamento de dois bettas azuis real portadores do gene metálico (Blbl+nm)

Explicação adicional do tradutor Pode-se agrupar os pares de genes dos bettas azuis portadores do gene metálico de duas maneiras: Bl+ e blnm ou Blnm e bl+ Então, o total de possibilidades de um cruzamento entre dois bettas azuis real portadores do gene metálico será o resultado dos quatro quadros Punnet, mostrados a seguir:

Observação: Como temos dezesseis possibilidades de combinações de pares de genes, cada combinação terá o peso de 6,25% (100/16). Dependendo do número de vezes que uma mesma combinação aparece no total de combinações, o valor final da probabilidade de cada combinação de genes aparecer na ninhada será o número de vezes que esta aparece no total de combinações multiplicado por 6,25.

Quadros Punnet referentes ao cruzamento de um betta azul real portador do gene metálico (Blbl+nm) com um betta azul real comum (Blblnmnm)

Explicação adicional do tradutor Pode-se agrupar os pares de genes do betta azul portador do gene metálico de duas maneiras: Bl+ e blnm ou Blnm e bl+ até agora só olhamos cruzamentos entre peixes que tinham o mesmo tipo básico iridescente (turquesa, azul aço ou azul real) [tendo] como a variável o gene metálico. Mas certamente nós podemos fazer cruzamentos mais complicados através de diferentes tipos iridescentes (do azul). Isto combinado com a genética dos metálicos cria muitas possibilidades. Nem todas as possibilidades serão mostradas aqui, mas abaixo estão alguns exemplos para dar uma idéia do que mais é possível:

Quadros Punnet referentes ao cruzamento de um betta turquesa (geno metálico) (BlBl+nm) com um betta azul real (geno metálico)(Blbl+nm)

Explicação adicional do tradutor Pode-se agrupar os pares de genes do betta azul portador do gene metálico de duas maneiras: Bl+ e blnm ou Blnm e bl+

Quadros Punnet referentes ao cruzamento de um betta azul aço (geno metálico) (blbl+nm) com um betta azul real (geno metálico)(Blbl+nm)

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Epílogo:

Imagem 10Tenha em mente que estes esquemas genéticos são uma aproximação teórica e [são] baseados em uma combinação de minha própria experiência e de vários artigos disponíveis. Este artigo só se focou na combinação da cor iridescente (azul) com a característica metálica, mas certamente não pára por aqui.

Cruzando estes [azuis] metálicos e cobres com outras cores variantes do Betta splendens conseguiu-se uma quantidade enorme de variedades de novas cores. Cruzamentos entre opaco e o cobre conduziu, por exemplo, ao desenvolvimento dos brancos opacos e até agora nós temos um alcance enorme de variações metálicas tais como cobre avermelhado, black coppers, yellow/golds etc.

Os mais recentes desenvolvimentos que mexeram com o mundo metálico dos bettas são os [tipo] dragões (dragons)!

Eu espero que este artigo tenha dado um pouco mais de percepção e entendimento sobre onde a característica metálica se originou e de que maneira [esta] é herdada [ou transmitida].


Betta Territory
Tradução: Vitor Calil Chevitarese

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Texto retirado do site do criador Agostinho Monteiro.
http://www.agostinhomonteiro.com.br

A Genética do Betta

A Genética do Betta




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Sempre quis saber por que Bettas azuis entrecruzados produzem alguns indivíduos verdes na prole, ou por que vermelhos e amarelos não produzem laranja. Provavelmente há centenas de indagações como tais. Espero que algumas das respostas possam aqui ser encontradas.

Este artigo é escrito como expressão daquilo que alguém, profundamente interessado em Bettas, aprendeu, fruto de certa experiência e do que ouviu dizer e leu nos trabalhos de Liebetrau, Lucas, Maurus, Sonnier e outros. Creio firmemente que um conhecimento da genética destes peixes nos fará desfrutar ainda mais deste nosso “hobby”. Qualquer um que ignore tais preceitos estará se privando de tal prazer.

Os Bettas tem dois gens, um de cada genitor, determinando cada característica. A quantidade de pares gênicos apresentada por cada Betta é enorme, e muitos deles determinam características não observáveis em condições normais. Os pares de genes que nos importam mais são os associados à coloração e nadadeiras. Consideramos as características que tais pares determinam num Betta normal: Este não apresenta cores e nadadeiras magníficas encontradas naquelas espécies dispostas em recipientes, um à vista do outro à ameaçarem-se mas, ao invés, o modesto "splendens” tipo selvagem apresenta nadadeiras curtas e cor acastanhada com reflexos esverdeados e variáveis tonalidades avermelhadas. O animal citado possui cores ordinárias: amarelo próximo ao corpo, seguido externamente por vermelho, preto e verde. nesta ordem. As maravilhas encontradas hoje em dia possuem, na maioria, mutações das cores normais e nadadeiras reduzidas presentes no tipo selvagem.

Um problema conceptual se faz presente em algumas espécies, uma vez consideradas as cores ordinárias. Um Betta de cor vermelha normal não é um Betta vermelho, e o mesmo se pode afirmar acerca de um outro de cor preta; não é um Betta preto. Um exemplar portador de um par gens verde ou amarelo normais não é um indivíduo verde ou amarelo. Na verdade, um peixe que apresenta todas as quatro cores normais é multicolorido. Variações esverdeadas, amareladas e acastanhadas do preto podem ser observadas, embora o mesmo não se dê em relação ao amarelo, devido à sua palidez.

Há basicamente dois tipos de gens. Aqueles do tipo I expressam uma relação dominante/recessiva, uma vez aos pares. O efeito do gen dominante é perceptível em relação aos caracteres cor e nadadeira. O efeito do gen recessivo não é comumente notável, a menos que seja acompanhado por um gen recessivo semelhante. Quando um gen dominante para nadadeiras longas é emparelhado por um gen recessivo para nadadeiras curtas, obtêm-se nadadeiras longas. Algumas vezes um gen recessivo produz efeitos observáveis quando acompanhado por outro dominante. Bettas “Singletail” portadores de um gen para “Doubletail” apresentam frequentemente nadadeiras mais expansivas e de base mais larga do que as de seus pais “Singletail". Os gens do tipo II alteram-se mutuamente quando ocorrem aos pares. Um exemplo clássico é o emparelhamento dos gens para cores verdes e "Steel Blue” (também conhecida como "Gunmetal Blue”, esta cor apresenta reflexos prateados quando comparada ao azul) na produção do azul.

O fato de qualquer Betta possuir todas as cores normais ou suas mutações poderá acarretar certo problema conceptual. Contudo, sob o risco de simplificar demasiadamente, pode-se afirmar que a/as cor/cores notada/notadas dependerá /dependerão da intensidade relativa e sua/suas distribuição/distribuições. Um exemplar será, por exemplo, fenotipicamente vermelho quando esta cor for muito intensa e uniformemente distribuída e as demais forem fracas em intensidade e distribuição para suplantar o vermelho. Bettas de cores consistentes frequentemente surgem apenas quando uma ou mais cores normais sofre/sofrem mutação.

O esquema adendo cataloga as cores normais e suas mutações e resume cada uma. É interessante notar-se que algumas das mutações não estão tão envolvidas com a cor como o estão em relação à padrões de cores. O padrão “Butterfly” é uma mutação do vermelho, e, embora seja dominante sobre vermelho normal, tais padrões são comumente difíceis de se produzirem em termos qualitativos, mesmo quando cruzados "Butterfly” com “Butterfly”. O padrão "Marble” é mutação do preto que resulta em vários efeitos estranhos e variáveis. Bettas “Marble" podem não começar a exibir características pertinentes ao padrão antes de alguns meses de idade e então estas poderão mudar drasticamente ao longo de um período de tempo relativamente curto.

Há variedades de coloração não resultantes de um único par de gens, mas produzidas por mais de um par. “Pastels", por exemplo, resultam quando verde, "Steel Blue” ou azul cobrem “Cambodian”. Exemplares brancos são obtidos por mutação combinadas de vermelho, preto e verde.

O esquema de cores indica dominância relativa no limite das cores, mas não entre elas. Têm-se geralmente observado que no verde e suas mutações dominarão outras cores quando suficientemente intensas e uniformemente distribuídas. No entanto, como resultado de intensidade e distribuição variáveis, dentro do limite das cores, mais de uma cor podem ser observadas, como em indivíduos multicoloridos. A intensidade e distribuição de qualquer cor pode ser aprimorada ou reprimida através de reprodução seletiva, dependendo dos objetivos de quem possa interessar. Pode-se direcionar esta seleção com o irituito de obter-se indivíduos vermelhos, verdes e azuis mais escuros, mais claros com mais reflexos, ou “Cambodians” de corpos mais esbranquiçados (coloração corporal em tom mais “leitoso”), e assim por diante, conforme desejado.

Suponha que você não tem certeza acerca dos gens que estejam atuando como tipo I ou tipo II. Poderá descobrir o tipo atuante em duas únicas gerações, desde que consiga muitas desovas, digamos cem ou mais ovos. Teoricamente, gens do tipo I podem ser expressos em 75% de uma desova que produza a mesma cor, mas os do tipo II não podem.

Examinemos, pois:
Primeiramente, consideremos um exemplo do tipo I. Presuma que somente a cor vermelha está presente e que apenas gens para "Extended Red” (mais denso que vermelho normal, estendendo-se ao longo do corpo e nadadeiras) (R) e “Non.Red” (amarelo substituindo o vermelho) (Y) estão envolvidos. O macho porta dois R’s e a fêmea um R e um Y. A primeira geração (Fl) será de 50% RR e 50% RY, mas todos apresentarão fenótipo “Extended Red”. Por que? cada quadrado da figura incluída representa 25%. Suponha que dois indivíduos Fl RY’s são cruzados para dar origem à segunda geração (F2). A F2 consistirá de 25% RR, 50% RY e 25% YY. Não obstante, 75% dos resultantes serão “Extended Red” e 25% “Non-Red”. Por que? Reveja o quadro de cores. Não esqueça os 75%.

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Bem, e quanto a um tipo II em ação? Presuma que somente a cor verde está presente e que apenas os gens para “Extended Green” (Mais denso que verde normal, estendendo-se sobre todo o corpo exceto a cabeça, como se verifica na maioria das vezes) (C) e “Steel Blue” (S) são ativos. O macho porta dois G’s e a fêmea um G e um S. A primeira geração (Fl) será de 50% GG e 50% GS. 50% se apresentarão verdes e 50% azuis. Se dois indivíduos Fl GS’s forem cruzados e produzirem a segunda geração (F2), o resultado consistirá de 25% GG, 50% GS e 25% SS. 25% desta descendência serão verdes, 50% azuis e 25% ‘Steel Blues”. Não há como 75% da progênie possam ser da mesma cor.

Veja os esquemas de emparelhamentos dos gens cuidadosamente e saberá porque 75% de indivíduos fenotipicamente iguais não podem resultar. Reveja o quadro de cores novamente.

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Os termos “fenótipos” e “genótipos” são frequentemente usados em discussões sobre Bettas. Estes, particularmente o “genótipo”, podem ser muito importantes ao adquirir-se matrizes. “Fenótipo” refere-se a qualquer característica observável. Se um indivíduo “sai” vermelho, é fenotipicamente vermelho. Um exemplar “Singletail” é fenotipicamente “Singletail”, e o mesmo verifica-se num “Doubletail” ; apresenta fenótipo “Doubletail”, etc. O que se vê é o que se tem... mas será mesmo?

O genótipo comumente refere-se à características recessivas em relação àquelas observadas. Se não houver nenhuma característica recessiva, o genótipo será igual ao fenótipo. Um Betta portador de dois gens para “Extended Red” (RR) apresenta fenótipo e genótipo vermelhos. Criadores que se ocupam com linhagens melânicas (Melano) não podem usar fêmeas melânicas, pois estas não produzem descendência viável, mas sim fëmeas “Steel Blue” portadoras de gens melânicos. Tais fèmeas apresentam fenótipo “Steel Blue”, sendo genotipicamente pretas. Com frequência, Bettas “Singletail” portam um gem para “Doubletail”. Quando reprodutores são adquiridos, é de grande ajuda conhecer-se seus genótipos. Se, por exemplo, ambos os reprodutores apresentam genótipos “Double-tail” mas fenótipos “Singletail“ produzirão descendência tanto “Doubletail” quanto “Singletail”. Portanto, você pode ter mais do que vê.
Uma vez tendo aprendido um pouco sobre o assunto, divirta-se com seu “hobby”.

QUADRO DE CORES NORMAIS E SUAS MUTAÇÕES CONHECIDAS

A.AMARELO
Muito pálido e oculto. Virtualmente sempre mascarado por outras cores. Não confundir com “Non-red”. Não observável. Não apresenta mutações conhecidas.

B. VERMELHO
Prevalece em nadadeiras ventrais, anal e caudal.

B.1 EXTENDED RED
Mais denso que o vermelho normal, estendendo-se por todo o corpo e nadadeiras. Tipo I - domina vermelho normal.

B.2 NON RED
O amarelo substitui o vermelho. Tipo I - recessivo tanto em relação ao vermelho normal quanto ao “Extended Red”.

B.3 RED LOSS
O vermelho inicial desaparece parcial-mente ou completamente a medida que o peixe cresce. Tipo I - domina vermelho normal.
B.4 BUTTERFLY
Areas que vão do transparente ao branco e ocorrem nas nadadeiras onde o vermelho é predominante com frequencia. Tipo I - domina “Non-Butterfly”, apresentando variabilidade de expressão.

C. PRETO
Prevalece em toda a extensão, atingindo sua intensidade mais fraca no abdômen e nadadeira caudal.

C.1 MELANO
O preto manifesta-se densa e extensivamente. Fêmeas melânicas são incapazes de produzir geração viável. Tipo I - recessivo em relação ao preto normal.

C.2 BLOND
A densidade melânica está intensamente reduzida, mas não ausente como em “Cambodian”. Tipo I recessivo em relação ao preto normal.

C.3 CAMBODIAN
O preto é ausente no corpo, mas ainda pode estar presente, até certo ponto, nas nadadeiras. Tipo I - recessivo em relação ao preto normal.

C.4 MARBLE
O preto se apresenta em densidades variáveis que podem se alterar com o tempo. Tipo I - A relação dominância/ recessividade não foi determinada devido à variabilidade do efeito “Marble”. Produz fêmeas pretas férteis. A variedade preta “Fertile Black” é menos densa que a “Melano”.

D.VERDE
Prevalece na área corporal posterior a cabeça e nas bases das nadadeiras.

D.1 EXTENDED GREEN
Mais denso que o verde normal, estendendo-se por todo o corpo exceto na cabeça, como na maioria dos casos. Tipo II – altera o “Steel Blue” na produção de azul, mas funciona como tipo I ao dominar verde normal. Também conhecido como “Spread Iridescence”.

D.2 STEEL BLUE
“Steel Blue” substitui o verde. A iridescência apresenta mesma intensidade que a do verde substituído.

D.3 OPACO
Uma cor iridescente e “leitosa” substitui ou se combina com “Steel Blue”. Tipo II - efeitos variáveis.